sábado, 4 de setembro de 2010

Autogestão na Economia solidária

O trecho abaixo faz parte de um trabalho intitulado "A Construção da Autogestão em Empreendimentos da Economia Solidária: uma abordagem baseada em Paulo Freire ",feito por:Airton Cardoso CANÇADO(Mestre em Administração pela UFBA e Professor da UFT)e Anne Caroline Moura Guimarães CANÇADO(Especialista em Gestão de Cooperativas pela UNIFACS e Professora da UFT).O trecho refere-se à autogestão.

"Focalizando, especificamente, o ambiente do trabalho e próximo à visão cooperativista, Palmyos Paixão Carneiro (1983, p.34) argumenta que a autogestão nada mais é que “[...] o único princípio cooperativo, baseado em dois pilares essenciais: a gestão democrática e o retorno ao trabalho realizado”. O autor também considera a autogestão como um processo dinâmico, na medida em que se dá na relação entre seres humanos, com toda sua complexidade inerente.Autogestão para Mandel (1977) se relaciona com a decisão relativa ao esforço-retornoproporcional ao trabalho, ou seja, o trabalhador decide o quanto quer se esforçar para produzir em função do retorno esperado, pelo menos enquanto os recursos são escassos.A ANTEAG (2007), por sua vez, considera a autogestão como “[...] um modelo de organização em que o relacionamento e as atividades econômicas combinam propriedade e/ou controle efetivo dos meios de produção com participação democrática da gestão”.Mandel (1977) e Proudhon (MOTTA, 1981), têm outra semelhança conceitual: ambos acreditam que a autogestão é um processo no qual a educação é fator essencial. Proudhon acredita que os trabalhadores devem auto-educar-se (o que ele chama de educação trabalhista) para se prepararem para construir a sociedade autogestionária. A educação é importante também para que as experiências de autogestão não se degenerem (MOTTA, 1981). Para Mandel (1977), a escola da sociedade no caminho da autogestão, será o controle operário, ou seja, a própria luta pelo controle das unidades produtivas, que seria uma luta, de certa forma,pedagógica. Assim, a educação deve ser sistemática, de forma a aumentar o que o autor chama de “nível de consciência” dos trabalhadores, possibilitando a participação consciente,tanto na sociedade quanto nos EES."

Leia o trabalho na íntegra,acessando ao link abaixo:
http://www.ufpi.br/reges/uploads/edicao3/Artigo4.pdf

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